Trilogia Monumental

TRILOGIA MONUMENTAL DE AGUIAR DA BEIRA

A Torre do Relógio ou Torre Ameada, a Fonte Ameada e o Pelourinho de Aguiar da Beira foram classificados como monumentos nacionais em 17 de agosto de 1922, conforme Decreto n.º 8 330 do Diário do Governo, I Série n.º 167, constituindo um trecho de arquitetura medieval. O Pelourinho de Aguiar da Beira tinha já sido classificado monumento nacional pelo Decreto de 16 de junho de 1910, Diário do Governo, n.º 136, de 23 de junho de 1910.

Esta trilogia monumental é única, com três monumentos nacionais a estruturarem um espaço, o Largo dos Monumentos, espaço público central na malha urbana medieval do centro histórico de Aguiar da Beira.

Em 2018 o Município de Aguiar da Beira concretizou uma importante intervenção de qualificação dos monumentos que, para além das intervenções nos imóveis em si, redefiniu e valorizou o espaço urbano através da introdução de plataformas articuladas com cada um dos edifícios. Com estas plataformas estruturou-se, desenhou-se e se conferiu-se lógica ao vasto espaço urbano do Largo dos Monumentos. 

TORRE DO RELÓGIO OU TORRE AMEADA

De planta quadrada, a torre é uma estrutura imponente que marca o espaço urbano.
A cronologia do edifício aponta para o início da construção no séc. XIV reportando ao reinado de D. Dinis, rei que concedeu foral à Vila de Aguiar da Beira, mencionando-se a reconstrução de um castelo de origem castreja e pré-nacional. Os quatro escoantes de água em forma de cano de canhão localizados nos quatro cantos do topo da torre justificam a referência a grandes intervenções na torre no século XVII, havendo mesmo referências a ampliações do imóvel. Menciona-se ainda uma intervenção em 1777 para restaurar o relógio da torre. Em 1942/1943 a Direção Geral dos Edifícios e Monumentos Nacionais (DGEMN), no âmbito do projeto de restauro do Castelo de Aguiar da Beira, efetuou uma intervenção de consolidação na torre que incluiu “o assentamento de degraus em cantaria, paramentos, merlões e lajeamento, tomada de juntas; refechamento de juntas com argamassa hidráulica, cintagem em betão armado, construção da cobertura”  . Em 1945 a mesma DGEMN interveio para restaurar a torre, trabalhos que incluíram “construção de vigamento em madeira para assentamento do soalho, assentamento de escadas de madeira”  .
A torre designa-se Torre do Relógio porque desde pelo menos o séc. XVIII que é este marco urbano que dava as horas que orientam a vida das populações de Aguiar da Beira. Primeiro com um designado “marcador do tempo”, que marcava as horas por batida nos sinos, tendo, posteriormente, em 1921, sido instalado um belo maquinismo do relógio contruído em França pela empresa Francis Paget & C.ª, Sucs.
A intervenção de qualificação da torre realizada pela autarquia em 2018, para além da consolidação e limpeza das paredes exteriores, serviu, sobretudo, para reconstruir todo o seu interior que se encontrava em ruínas. Neste momento a torre é visitável podendo subir-se pelos seus 3 pisos e apreciar, no último piso, o marcador do tempo e o relógio agora completamente restaurados e com o maquinismo do relógio a funcionar, tendo voltado a marcar as horas.


PARA VISITAR A TORRE
Visitas por marcação: 

Posto de Turismo de Aguiar da Beira, Rua Dr. Lencastre Bernardo, n.º 10

Telefone: 232 689 101

Correio eletrónico: Este endereço de email está protegido contra piratas. Necessita ativar o JavaScript para o visualizar.

Horário de inverno (outubro a abril):

Segunda-feira, terça-feira, quarta-feira, quinta-feira e sexta-feira: 9h00-12h30/14h00-17h30

Horário de verão (maio a setembro):

Segunda-feira - encerrado

terça-feira, quarta-feira, quinta-feira e sexta-feira 9h00-12h30/14h00-17h30

Sábado: 14h00 – 17h30;  Domingos: 9h00 – 12h30

FONTE AMEADA

Aponta-se a construção da fonte para os séc.s XIV ou XV. Havendo referências para a época da reconquista Dionisina do antigo castelo no início do séc. XIV.
A fonte é de planta quadrada com cobertura em terraço lajeado. O acesso à fonte de chafurdo ou de mergulho é definido por um arco quebrado que remete para o estilo gótico. A inscrição que se encontra no estremo do parapeito do lado esquerdo que refere “rui periz / me fez” ou “rui periz / martiinz”   é em carateres também góticos, o que confirma as classificações cronológicas e estilísticas definidas para o imóvel.
O edifício encaixa-se na topografia da praça, permitindo o acesso ao terraço que concretiza um espaço público, um palco sobre a praça que, diz a tradição, era onde se reuniam os conselhos municipais – os homens bons.
A fonte é ainda caraterizada pelos bancos dos embasamentos das fachadas oriental e ocidental e pelos bancos existentes no acesso enterrado à fonte de chafurdo.
Estes elementos conferem à Fonte Ameada da Vila de Aguiar da Beira uma importante originalidade, caraterizando o imóvel e qualificando o largo onde se insere.
Na intervenção de qualificação da fonte realizada pela autarquia em 2018, efetuou-se a consolidação e limpeza das paredes exteriores e, sobretudo, restabeleceu-se o circuito da água que agora corre conferindo a este belíssimo monumento a sua identidade e trazendo para o largo o elemento água, valorizando, ainda mais, este espaço urbano.

PELOURINHO DE AGUIAR DA BEIRA

Relaciona-se a edificação ou reedificação do pelourinho com o foral outorgado por D. Manuel em 1512  .
O pelourinho possui um soco de quatro degraus octogonais com saliência boleada nos espelhos. A base é de secção quadrada, chanfrada nos vértices superiores; o fuste é de secção octogonal, com anel de ferro a meia altura e rematado no topo por rebordo onde assenta o capitel em gaiola. A gaiola é definida por dois troncos piramidais octognais troncados; um na base invertido e, suportado por um só colunelo lateral e estrutura, um chapéu que, devido à inexistência dos restantes sete colunelos fica a pairar sobre a base, resultando uma estrutura quase inteiramente aberta. O chapéu é rematado por uma esfera armilar.
Mas se o Pelourinho é, por si, um elemento urbano de significativo interesse arquitetónico e patrimonial é a articulação com os restantes imóveis classificados do Largo dos Monumentos de Aguiar da Beira que lhe confere a singularidade de integrar um conjunto monumental único. A integração de três monumentos classificados diferentes num mesmo espaço urbano, a saber: o Pelourinho de Aguiar da Beira, a Torre Ameada e a Fonte Ameada; conferem àquele largo uma identidade histórica e patrimonial que define a memória coletiva não só da população da Vila de Aguiar da Beira, mas também de todo o concelho e da região.
Na intervenção de qualificação da fonte realizada pela autarquia em 2018, efetuou-se, sobretudo, a sua consolidação estrutural e limpeza.

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